terça-feira, 27 de agosto de 2013

COMPORTAMENTO FEMININO

Com a vinda de Cristo, figura masculina e posteriormente a chamada era Cristã, os dominantes da religião, do poder, governo e comércio, obviamente do sexo masculino, encontraram uma ótima desculpa para ...desacreditar e até mesmo demonizar a figura da deusa e consequentemente da mulher (sacerdotisa da deusa).
Desta forma, garantiu-se no consciente coletivo, que se tornasse lógico e até mesmo seguro o novo papel feminino, submisso, passivo, obediente e servil.
As mulheres de comportamento diferente do que fosse conveniente ao patriarcado, eram classificadas como filhas de Lilith a primeira esposa de Adão que foi expulsa do paraíso por não ser submissa ao marido nem mesmo na hora do sexo, onde a gota d’água foi não querer ficar por baixo dele durante o ato sexual. Daí toda rebeldia feminina, culto à deusa, manipulação de ervas, confecção de unguentos e chás curativos, comportamento de liberdade sexual e que dirá administração de algum tipo de comércio ou algo que lhe gerasse renda, foram de todas as formas associadas a bruxaria e demonismo.
Estes incríveis patriarcas não conseguiram entender a mensagem de amor igualitário que Cristo tanto pregou, também não entenderam que o Mestre Jesus conhecia e honrava o sagrado feminino.
Durante toda a sua passagem na Terra, Jesus Cristo teve um relacionamento de amor e respeito com todas as mulheres que conheceu, incluindo as queridas figuras femininas de Maria Santíssima e Maria Magdalena, arquétipos femininos da mãe amorosa como a deusa Deméter e da mulher sensual que evoluiu para aquela de amor etéreo como a deusa Afrodite Urânia que evolui para Afrodite Celeste.
Nem mesmo a passagem da bíblia que conta sobre o momento em que Jesus Cristo disse a Maria que se tornasse mãe dos Homens, foi o suficiente para o patriarcado respeitar a figura feminina da deusa, agora denominada santa ou virtuosa. A devoção Cristã a Maria, remonta ao século II, existem registros de sua veneração no Egito pelo século III . A mais antiga oração à Maria que se sabe, foi escrita no séc. III , sendo redescoberto em 1917 em um papiro egípcio. Porém, apenas após o Conselho de Éfeso em 431 DC, foi oficializado seu culto como Santa Mãe de Deus, na persona de seu filho Cristo (Santíssima Trindade) e dos Homens a pedido do próprio Cristo.