domingo, 8 de novembro de 2009

DRAGÕES: SERES MITOLÓGICOS

Ao longo da história, a humanidade sempre demonstrou grande fascinação pelos dragões, seres que fazem parte dos mitos e lendas de quase todas as culturas do mundo, seja entre os Inuit, Astecas ou Chineses. Esses povos nunca estiveram em contato, mas conceberam a mesma criatura mitológica.
Mas, em suas fantasias e histórias deram vida à essas criaturas. grandes espécimes de répteis com asas que gospiam fogo. Possuídores de uma força descomunal e sentidos imensuráveis, faziam parte, do mundo imaginário que ostentava glória e poder.
O Persquisador Dr. Peter Hogarth, internacionalmente reconhecido especializado em dinossauros extraiu suas pistas diretamente da natureza e o comparou como o "elo" entre grandes lagartos e aves, dando origem aos supostos dragões.
• ASAS PARA VÔO: As asas de um dragão poderiam ser comparadas às dos morcegos, que possuem quatro pontos de sustentação e são capazes de carregar mais peso que as asas de um pássaro, sustentadas em apenas dois lugares.
• A IMPORTÂNCIA DA CAPACIDADE DE FLUTUAÇÃO: Todos os animais carregam bactérias em seus intestinos que ajudam na digestão dos alimentos. Neste processo, as bactérias liberam um produto metabólico secundário: O gás. As bactérias presentes no sistema digestivo dos dragões poderiam ter sido de um tipo raro, liberando hidrogênio gasoso. O hidrogênio, que é combustível e 14 vezes mais leve que o ar, seria o segredo da capacidade de voar e de soltar fogo dos dragões. O hidrogênio aumentaria o seu poder de flutuação, permitindo que voassem. O gás produzido seria canalizado para duas bolsas de armazenamento, as vesículas de vôo, que, quando totalmente infladas, ajudariam estes animais a levantar vôo.
• LEVE COMO UMA PLUMA: Animais voadores (pássaros, morcegos etc) são dotados de ossos ocos ou alveolares (semelhantes ao favo de mel), que ajudam a reduzir seu peso. Ter ossos ocos, porém, não seria suficiente para fazer um gigante dragão deslocar-se pelo ar. Entretanto, os ossos ocos combinados com a capacidade de flutuação criada pelo hidrogênio armazenado nas vesículas de vôo poderiam reduzir significativamente o peso de um dragão, fazendo com que pudesse levantar vôo.
• RESPIRANDO FOGO: O mesmo hidrogênio usado para manter os dragões no ar também é um gás combustível e pode produzir fogo, precisando para tanto apenas da presença de um catalisador. Na natureza, o besouro bombardeiro pode produzir uma explosão de líquido fervente usando enzimas e um catalisador orgânico. Os cientistas portanto propõem que os dragões poderiam ter usado platina em pó, um catalisador que podiam conseguir através da ingestão de platina, encontrada nas rochas sedimentárias. Platina poderia ter sido a faísca catalítica que reagiria com o hidrogênio armazenado nas vesículas de vôo dos dragões, produzindo fogo.
• ACASALAMENTO: O ritual de acasalamento da águia americana é uma exibição espetacular. Enganchando suas garras em pleno ar, as águias descendem em espiral soltando-se segundos antes de atingirem o solo. Um casal de dragões inicia seu ritual de acasalamento entrelaçando suas garras nas alturas, como fazem as águias, despencando do céu em uma deslumbrante queda livre e separando-se no último segundo com duas gigantescas labaredas.
• DEFESA: Na natureza, olhos grandes são um sinal e ameaça, e por esta razão muitos animais possuem olhos incorporados ao padrão de cores da sua camuflagem. Se os dragões fossem reais e seus filhotes vulneráveis a predadores como os dinossauros ou até mesmo outros dragões, provavelmente teriam desenvolvido táticas antipredadoras, como marcas imitando olhos, ovos com cascas duras semelhantes as pedras e cores de alerta, tais como vermelho preto laranja e amarelo.

Os tipos de Dragões:

Dragão Pré-histórico: Os dragões do período cretáceo foram os maiores animais voadores que já existiram. Eles descendem do grupo de dragões aquáticos ou semi-aquáticos que ocupou os pântanos costeiros há mais ou menos 200 milhões de anos, no final do período Triássico, e que deu origem a espécies marítimas e terrestres. As espécies terrestres eram inicialmente quadrúpedes e corriam sobre as quatro patas sem poder voar ou cuspir fogo. Uma dessas espécies desenvolveu a habilidade de correr sobre as pernas traseiras. Como as pernas dianteiras deixaram de ser usadas para se manter de pé ou correr, continuaram evoluindo, transformando-se eventualmente em asas e tornando o vôo possível. Este processo é quase exatamente igual ao da evolução do vôo dos pássaros, descendentes de um pequeno dinossauro bípede.Em determinado momento - e não existem provas fósseis desta teoria -, os dragões teriam hospedado no intestino uma bactéria ativa capaz de produzir hidrogênio. Isto permitiria que, apesar do seu tamanho, os dragões não sofressem as mesmas restrições de vôo dos pássaros e morcegos, e chegassem a ser os maiores animais voadores da história, desafiando um dos maiores carnívoros daquela época, o Tiranossauro Rex. Além disso, os dragões teriam ingerido minerais inorgânicos, tais como platina, provocando a ignição catalítica do hidrogênio produzido nos intestinos. Esta potente arma, o fôlego de fogo, completou o arsenal do dragão.

Dragão marinho: Algumas das primeiras espécies de dragões eram aquáticas ou semi-aquáticas e vasculhavam os pântanos e as costas litorâneas, vivendo, na verdade, de maneira muito semelhante aos crocodilos modernos. Quando há cerca de 65 milhões de anos, uma explosão cataclísmica provocou a extinção em massa dos seres vivos, estes dragões aquáticos sobreviveram. Uma eventual mutação dotou estes dragões com um terceiro par de membros, suplementares aos outros dois, e fez desta nova espécie a única classe de vertebrados de seis pernas. Alguns destes novos dragões recolonizaram a terra, tornando-se completamente terrestres. Seus membros suplementares evoluíram nas asas totalmente funcionais dos dragões voadores. Outros permaneceram aquáticos, especializando-se mais e mais em recursos alimentares marinhos, como os crustáceos, peixes e tartarugas, animais que conseguiam pegar nas águas rasas do litoral. Com o passar do tempo, eles evoluíram adaptando-se a uma vida plenamente aquática e suas asas rudimentares transformaram-se em barbatanas. Os peixes ficavam presos na boca dos dragões, cada vez maior e mais longa, e armada com um grande número de dentes afiados que podiam segurar as presas escorregadias. Asas, é claro, eram obstáculos e inúteis na água, e, com o tempo, diminuíram e desapareceram. O exemplo mais famoso de dragão marinho talvez seja o Monstro do Lago Ness.

Dragão da Floresta: Os dragões da floresta viviam em matas densas e bambuzais. Eles mantiveram a forma corporal longa e sinuosa dos seus ancestrais aquáticos, uma adaptação útil para atravessar com rapidez a vegetação quase impenetrável da floresta. Conseguiram também reter a capacidade de nadar e, em épocas de muito calor, ou escapando de perigos como os incêndios nas florestas, eles tinham a alternativa de voltar aos rios. As asas dos dragões da floresta eram curtas e incapazes de voar. Entretanto, estes dragões eram capazes de saltos extraordinários, curvando seus corpos em forma de uma espécie de aerofólio, conseguindo um “impulso” extra das pequenas asas e reduzindo seu peso graças às vesículas de vôo cheias de hidrogênio, como as dos dragões pré-históricos. Alguns descendentes dos dragões da floresta saíram das matas em busca de alimentos em terrenos abertos, resultando nos magníficos dragões que habitaram a China e o Sudeste da Ásia, além de outras subespécies isoladas que viveram nas ilhas japonesas.

Dragão da Montanha: O dragão da montanha é assim denominado porque durante o período medieval viveu restrito principalmente às montanhas e a outros habitats remotos. O nome, entretanto, é um pouco inapropriado, pois antes de sofrer a pressão da agricultura e do crescimento da população humana, a espécie vivia muito mais espalhada nas florestas das planícies e não ficava restrita às montanhas. Como todos os dragões do período pós-Cretáceo, os dragões da montanha tinham seis membros: um par de asas, além dos dois pares de pernas, resultado de uma vantajosa mutação que ocorreu após a extinção do dragão pré-histórico de duas pernas e duas asas. O corpo do dragão da montanha era relativamente curto, se comparado ao do dragão marinho. Um corpo compacto era essencial para voar, pois uma coluna vertebral longa e flexível é uma desvantagem para o vôo. A cauda era tão longa quanto o corpo, com uma estrutura em forma de ponta de flecha e afiada como uma lâmina, que servia como arma defensiva. Um golpe lateral da cauda de um dragão poderia decepar o braço de um homem.

DRAGÕES FAMOSOS
No antigo folclore ocidental, os dragões eram freqüentemente retratados como criaturas más e perigosas. Lendas da Idade Média mostram a matança de dragões como um rito de passagem para os cavalheiros. Já as culturas orientais consideravam os dragões um símbolo de sorte e poder, uma crença assimilada pela cultura ocidental contemporânea.
Atualmente, dragões podem ser vistos em diversos meios, incluindo filmes, música, literatura e televisão. A maioria dos dragões de hoje é vista como criaturas mágicas, inteligentes e muitas vezes engraçadas, captando a imaginação de todas as audiências, especialmente das crianças. A seguir, alguns exemplos de como os dragões foram representados ao longo dos tempos:
• “Ladon” foi um dragão da Grécia antiga que guardava a árvore de maçãs de ouro da deusa Hera. Hércules matou Ladon para poder roubar as maçãs.
• “O Dragão Chinês Celestial” é considerado o símbolo da própria raça chinesa. Chineses em todo o mundo proclamam com orgulho serem “Lung Tik Chuan Ren” (descendentes do dragão). Dragões são considerados criaturas míticas divinas que trazem abundância, prosperidade e boa sorte.
• “Yogune-Nushi” era um diabólico dragão japonês, obcecado por carne humana e que uma vez ao ano exigia o sacrifício de uma donzela.
• “Rahu” e “Ketu” originaram-se na mitologia hindu e são importantes na astrologia Védica. Rahu é a “Cabeça do Dragão” e está associado com o nodo norte da lua. Ketu é o “Rabo do Dragão” e está associado com o nodo sul da lua.
• “Fafnir” é um dragão da mitologia nórdica que iniciou a vida como um gigante. Quando jovem, ele matou o pai para roubar seus tesouros. Utilizando-se de poderes mágicos, Fafnir transformou-se em um dragão para proteger melhor seus tesouros roubados.
• A Flauta Mágica (H. R. Pufnstuf), um seriado infantil da década de 70, apresentava o dragão falante Pufnstuf e prefeito da “Ilha Viva”, onde o adolescente Jimmy e sua flauta falante Freddie foram parar após serem perseguidos pela bruxa malvada Witchiepoo.
• Meu Amigo o Dragão (Pete’s Dragon, 1977), que combina personagens reais com uma figura animada, ainda continua atraindo as crianças.
• “Puff the Magic Dragon” é uma famosa canção da década de 60 de autoria do trio Peter, Paul & Mary, baseada em uma poesia sobre a perda da inocência da infância.
• O aclamado filme Coração de Dragão (Dragonheart ), lançado em 1996 pela Universal Pictures, conta a história medieval do último dragão na terra.
• “Mushu” é o dragão do filme de animação da Disney Mulan. Ele é o poderoso guardião que ajuda Mulan a combater os hunos e devolver a honra da sua família.
• “Norbert” é o dragão bebê de Hagrid nos contos de Harry Potter. Harry precisa vencer mentalmente o dragão durante o desafio inicial do Torneio Tribruxo no filme Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter and the Goblet of Fire)
• “Charizard” é um dragão voador que solta fogo no videogame e jogo de cartas da série Pokemon. O nome japonês para Charizard é “Rizaadon” (“Lizardon”).
• “Blue-Eyes White Dragon” é uma das primeiras cartas do jogo YuGIOh (Yu-Gi-Oh), que aparece também no primeiro episódio da série para televisão, O Coração das Cartas (The Heart of the Cards).

POR: DISCOVERY CHANNEL