Sábios, magos e curandeiros: os xamãs das tribos indígenas da América do Norte pertenciam a uma classe à parte em seu meio social. Eram respeitados por todos, pois desempenhavam simultaneamente as funções de médicos, adivinhos e conselheiros. Dominavam a arte da comunicação com os deuses, com os espíritos e com as forças da natureza, bem como os mistérios da vida e da morte. É interessante ressaltar que as sociedades indígenas praticavam a caça e a pesca, mas mesmo assim mantinham uma postura de respeito para com as diversas formas de vida. Afinal, tinham consciência de que sua sobrevivência dependia dessa sinergia. Assim, os animais eram parte do cotidiano indígena - e, como tal, estavam intrinsecamente ligados à simbologia espiritual trabalhada pelos xamãs. O horóscopo xamânico é inspirado justamente nessa caminhada mágica junto às forças da natureza. Os arquétipos são descritos conforme a simbologia de cada animal; seu ciclo é inspirado nos ciclos da natureza, ou seja, nas quatro estações e nas doze luas (meses) do ano. A cada signo, correspondem um tipo de vento (que simboliza a postura interna do ser) e uma direção (que simboliza a meta espiritual do ser. Por exemplo: quem tem a direção sudeste, deve buscar conciliar as qualidades do Sul e do Leste), além de outros elementos.