quinta-feira, 23 de julho de 2009

SEDUÇÃO II





Sedução... Há milênios essa tática vem sendo utilizada, visando sempre alcançar seu objetivo principal, seja ele qual for, amor ou posição de destaque profissional ou social. Muitos podem até pensar o quão egoísta é uma pessoa que utiliza seus encantos pessoais a fim de manipular os outros para obter o que almeja... Mas não é. Tanto que na própria natureza podemos ver esse comportamento, como, por exemplo, nos animais em época de acasalamento, onde se pode observar o quanto a fêmea fica, aparentemente, impassível diante das investidas, por vezes até hilárias, do seu macho. A sedução não se aprende... Nasce-se com ela. Apenas uma a cada dez mulheres possui essa capacidade de assimilar e “vestir a roupa de sedutora”, mas não porque alguém as ensinou, mas sim, por terem despertado o que já lhe era nato e apenas estava adormecido em seu subconsciente. Há quem diga que a sedução é transmitida geneticamente, porém considero apenas haver uma pré-disposição genética, tanto que numa mesma família com mais de uma mulher, nem todas a possuem ou conseguem desenvolvê-la. Acredito que o real motivo de ela existir em apenas alguns homens e mulheres, tem a ver com um objetivo maior, com a sua escalada espiritual na Terra. Como quando um ser humano nasce predestinado a realizar grandes mudanças nas mentes humanas estagnadas. Para que ele tenha acesso a essas mentes fechadas pelo sofrimento e/ou qualquer que seja o motivo, e tirá-las desse torpor, dessa apatia, é necessária a utilização da personalidade sedutora, porque a sedução é “material”. Ela atinge o ser humano no seu lado animal, ou seja, o seu estado mais primitivo que é o “instinto”, fazendo com que a pessoa atingida reaja instintivamente ao apelo da sedução, acordando de seu estado de indiferença e despertando a sua curiosidade, seu interesse, fazendo-a voltar à vida... Seu coração acelera e o indivíduo passa a experimentar dezenas de sensações físicas (inicialmente) que não se julgava mais capaz de sentí-las. E são essas sensações físicas que num segundo estágio (extra físico) fazem a pessoa voltar a acreditar em si mesma, na sua capacidade de ser feliz e descobrir dentro de si mesmas a força e a coragem de sair, novamente, em busca de seus ideais e da felicidade plena. A sedução nada mais é do que a alavanca que desperta (ao bater) fazendo o indivíduo reagir, e após a reação, vem a conscientização de seus valores individuais, tais como “Puxa, eu não sabia que ainda despertava esse tipo de interesse nas pessoas!” e é justamente aí, quando a libido é provocada e despertada, é que a pessoa começa a recuperar a sua auto-estima. A auto-estima desenvolvida é a potência que faz o indivíduo ser impulsionado para frente e para o alto (o famoso empurrão), pois ele começa a acreditar em si mesmo. Quando isso é fixado, a pessoa vê que pode tudo o que realmente desejar e, milagrosamente, sai do seu casulo de proteção e voa livre e sem medo para a vida, num recomeço cheio de energia, onde muitos sentem-se como verdadeiro “super-homem ou mulher”. É neste singelo momento, em que essa metamorfose acontece, que muita gente enriquece “de repente” ou encontra o companheiro ideal, enfim, um milagre acontece. A sedução natural nada mais é do que uma das formas de lhes mostrar a maneira como o Divino atua sobre de cada um de nós. Se amar é Divino, porque então a sedução é vista como algo tão abominável? A resposta fica por conta de cada um. Então, sabendo-se que a sedução é parte do plano Divino para o desenvolvimento da humanidade como um todo, por que não usa-la! Assim sendo, todos somos parte integrante do universo, santos ou pecadores, bandidos ou juízes, pobres ou ricos, alienados ou aceitos... Todos fazemos parte de uma grande peça teatral que se intitula “VIVA O MELHOR QUE PUDER E PERMITA QUE OUTROS TAMBÉM FAÇAM PARTE DA SUA VIDA”, porque não sobrevivemos sós. O indivíduo sozinho não produz, não ama nem é amado, pois não existe a interação, a troca (seja de amor ou conhecimento) fundamental ao nosso crescimento, ao nosso desenvolvimento, de forma que possamos encontrar nosso espaço no universo, e para isso, precisamos estar completos e certos de nosso lugar nesse maravilhoso plano universal, caso contrário, podemos desequilibrar todos os demais, e conseqüentemente todo o universo, gerando o “caos”. Por tudo isso é que podemos chegar à conclusão de que a sedução é parte indispensável e extremamente necessária ao perfeito funcionamento do plano Divino. Uma vez que seduzimos e somos seduzidos...

(Artigo retirado : Recanto das Letras)