quinta-feira, 16 de junho de 2011

OS ARQUÉTIPOS LUNARES

Gosto de pensar que a lua é caminhar nas trevas com um espelho na mão. A lua reflete a luz do sol, e reflete o envolvido no espelho de suas alusões românticas e seus medos mais profundos. A sua luz é pálida, por isso a nossa auto- imagem refletida no espelho pode ter distorções para o belo ou assustador. A lua tr...az o romantismo ou aquele amor intangível, idealizado e puro. E o medo, porque na solidão, encaramos nosso eu imerso.
Caminhamos nas trevas, por que as situações são veladas, o caminho da identidade é escuro.
A Lua, no tarô de Marselha, tem um rosto muito parecido com o louco, como a inconsciência da loucura. Por isso, também tratamos os loucos por lunáticos, ou dizemos que este alucinou que habita o mundo da lua, etc… Deste inconsciente, temos a nossa criança interior, o inconsciente coletivo e o “caldo” do imaginário que inspira e ao mesmo tempo, provoca o caos.
A Lua pode ter várias associações astrológicas, dentre elas o signo de câncer, algumas vezes também associada ao signo de peixes, netuno ou a casa 12 pelo seu aspecto sonhador, narcotizante, psicótico e de fuga da realidade. Ao mesmo tempo, podemos associar isto à magia, idealização, à espiritualidade elevada e ao mundo das artes.
O aspecto mental da carta da lua tem relação com o imaginário e com a memória. É da estruturação da identidade, da experiência vivida, carregada de sentimentos e impressões. Aqui, nós sentimos e pensamos, ou seja… refletimos, pois a lua reflete...