
É surpreendente, mesmo tendo sido sequestrada, Perséfone se apaixona por Hades e sente gratidão pelo que seu marido/raptor fez por ela. E aqui não se trata de nenhuma Síndrome de Estocolmo, pois a ex-donzela fica realmente feliz e realizada, passando por um verdadeiro rito de passagem para a fase adulta e um processo de iniciação nos mistérios da vida, que amplia seu poder de consciência. Por outro lado, a sogra nunca perdoará Plutão pelo roubo de sua filha. A relação entre os dois será sempre péssima.
O relacionamento de uma mulher com um homem de arquétipo Hades/Plutão é um relacionamento de transformação e, por mais violento ou perigoso que possa parecer aos olhares dos outros, trata-se de uma entrega fascinante para a donzela e que lhe dá uma nova vida, assim como ocorre com a vítima de um vampiro nas histórias de terror.