domingo, 31 de julho de 2011

O MÁRTIR

Esse arquétipo remete aos rituais de fertilidade das antigas religiões, em que havia o sacrifício humano aos deuses. Em sua base, estava a crença de que a morte é um pré-requisito para o renascimento. Todos, por vezes, temos a necessidade de sacrificar algo em prol de outra pessoa ou de uma causa. São exemplos de Mártires a nossa volta as mulheres que abrem mão a contragosto da carreira para cuidar dos filhos e os homens que se sentem vítimas por trabalhar pelo sucesso da empresa ou pelo sustento da família. O extremo desse arquétipo, entretanto, consiste em usar a máscara da bondade ou da abnegação como poder de barganha para manipular situações e conquistar a simpatia alheia. Como os pais que abandonam suas vidas pelos filhos, mas mais tarde querem algo em troca. O sacrifício sincero é transformador e enobrecedor – o exemplo são pessoas que realmente dedicam seu tempo a ajudar as outras.
Se o Mártir estiver atuante:
o preço de se comprometer – com outra pessoa, um trabalho, uma causa – é a perda da liberdade de todas as outras escolhas que poderiam ser feitas. Fique consciente das situações em que é realmente importante se sacrificar. E evite sustentar a dependência ou a irresponsabilidade dos outros. Quando aprendamos a dar e receber, mergulhamos na essência do amor: a reciprocidade.