sábado, 31 de março de 2012

QUANDO A PALAVRA SE TORNA VERBO E O VERBO SE TORNA AÇÃO

Todo mundo conhece o ditado e o repete freqüentemente. O repete como o papagaio, pois não sabe em realidade o que significa, nem por que, nem como é isso que a fé move montanhas.
Poucos sabem que o medo também move montanhas. O medo e a fé são uma mesma força. O medo é negativo e a fé é positiva. O medo é a fé no mal. Ou seja, a convicção de que algo ruim vai acontecer. A fé é a convicção de que o que vai acontecer é bom, ou que vai terminar bem. O medo e a fé são as duas faces da mesma moeda.
Preste atenção; você jamais tem medo de que vai te acontecer algo bom. E jamais “tem fé que vai acontecer alguma coisa má”. Sempre associamos a fé a algo que desejamos; e não creio que você deseja mal para você mesmo! A isso você tem medo, não é verdade?
Tudo o que você tem medo, você atrai e acontece. Agora, quando acontece geralmente você diz com ar triunfante: “Aha!! Eu sabia! O pressenti!”.E sai correndo a contá-lo e repeti-lo para mostrar os seus dotes de clarividente. O que aconteceu na verdade é que você o pensou com medo. Você pressentiu? Claro. O pressentiu; você mesmo esta dizendo. Você sabe que tudo o que pensa, sentindo ao mesmo tempo uma emoção, é o que se manifesta ou se atrai. Você o antecipou e esperou. Antecipar e esperar é fé.
Agora preste atenção, tudo o que você espera com fé vem, acontece. Então, se você sabe que tudo isso é assim, o que te impede de usar a fé para tudo o que você deseja? Amor, dinheiro, saúde, etc. è uma lei natural. É uma ordem divina. Cristo o ensinou com as seguintes palavras que você conhece: ”Tudo o que pedires em oração, crendo, o receberás”. Eu não o inventei. Está no Capitulo número 21, vers. 22 de São Mateus. E São Marcos o expressa mais claro ainda: “Tudo o que pedires orando, crendo o receberás”. São Paulo o diz em palavras que não têm outra interpretação: ”A fé é a certeza do que se espera, a convicção do que se vê”. Acima te disse que a fé é a convicção do bem.
Agora te direi que a convicção vem pelo conhecimento. Suponhamos que você vive no interior e que jamais foi a capital. Você quer ir para a capital, e toma o trem, o carro ou o avião. Você sabe onde fica a capital e como chegar lá. Um dia você vai para a capital e utiliza a condução que melhor lhe convenha, porém pelo caminho você não vai com medo de desviar-se para a lua. Não é verdade? Se você fosse um índio selvagem poderia estar tremendo de pavor por desconhecer totalmente o que esta acontecendo. Mas sendo uma pessoa civilizada você vai tranqüilo sabendo que mais cedo ou mais tarde chegará a capital. O que te dá esta fé? O conhecimento.
A ignorância dos princípios da criação é que faz que o mundo tema o mal, não saiba empregar a fé, nem sequer o que é ela.
A fé é convicção, segurança; mas é necessário que esteja baseada no conhecimento. Você sabe que a capital existe e vai até ela. Por isso você sabe que não vai parar na lua.
Agora você sabe que quando deseja algo, se tem medo de não obtê-lo não o obterá. Se o nega antes de recebê-lo, como no exemplo dado na oração que dirige a Deus a maioria dos humanos: ”Deus meu conceda-me tal coisa, ainda que eu saiba que não me darás por que vai pensar que não me convêm”; Não o obterá porque de antemão já o negou. Você confessou que não o espera!
Deixe-me te dar a fórmula metafísica para obter qualquer coisa que desejar. É uma fórmula; portanto há que empregá-la para tudo. Comprove por você mesma. Não creia cegamente.
“Eu desejo tal coisa. Em harmonia para todo mundo e de acordo com a vontade divina. Segundo a graça e de maneira perfeita. Obrigado Pai que já me ouviste”.
Agora, não duvide nem um instante. Você empregou a fórmula mágica. Cumpriu com toda lei e não tardará em ver o seu desejo manifestado. Tenha paciência. Quanto mais tranqüilo esperar, mais rápido verá o resultado. A impaciência, a tensão e tentar “empurrar mentalmente” destroem o tratamento (a fórmula é em metafísica o que se chama “um tratamento”).
Para que conheça o que fez ao repetir a fórmula, vou explicar o processo detalhadamente. Ao dizer ”em harmonia para todo mundo” você eliminou todo o perigo de que a sua conveniência prejudique a outro, como também se faz impossível desejar mal para outro. Ao dizer “de acordo com a vontade divina”, se o que você deseja é menos que perfeito para você, verá acontecer algo muito melhor do que esperava. Neste caso significa que o que estava desejando não ia ser o suficiente, não ia ser tão bom quanto você pensava. A vontade de Deus é perfeita.
Quando você diz “segundo a graça e de maneira perfeita”, encerra um segredo maravilhoso. Mas deixe-me dar um exemplo do que acontece quando não se sabe pedir segundo a graça e a perfeição; uma senhora necessitava urgentemente uma soma em dinheiro e pediu para o dia 15. Tinha absoluta fé de que o receberia, mas seu egoísmo e indiferença não lhe inspiraram a pedir com alguma consideração para os outros. No dia seguinte um carro atropelou a sua filha, e no dia 15 recebeu a soma exata que havia pedido. A seguradora lhe pagou pelo acidente da sua filha. Ela trabalhou contra a lei e contra ela mesma.
Pedir “segunda a graça e de maneira perfeita” é trabalhar com a lei espiritual. A lei de Deus que se manifesta sempre no plano espiritual. Ali (no plano espiritual) tudo é perfeito, sem obstáculos, sem inconvenientes, sem tropeços nem danos para ninguém, sem lutas nem esforços, “bem suave, bem suave”, tudo com grande amor, e esta é a nossa Verdade. Essa é a Verdade que ao ser conhecida nos faz livres.
“Obrigada Pai que já me ouviste” é a expressão mais alta de fé que podemos abrigar. Jesus a ensinou e a aplicava em tudo, desde antes de partir o pão com que alimentou as cinco mil pessoas, até para dizer como transformar o vinho em seu sangue. Dando graças ao Pai antes de ver a manifestação. Como irá vendo, tudo o que ensinou Jesus é metafísico.
Tudo que você desejar, tudo o que necessitar, você pode manifestar. O Pai já previu tudo, já te deu tudo, mas há que ir pedindo a medida que se sinta a necessidade. Somente há que recordar que não se pode pedir mal para outro porque volta para você, e tudo o que pedir para você, deve pedir também para toda a humanidade, porque todos somos filhos do mesmo Pai.
Por exemplo: Peça grande. O Pai é muito rico e não gosta de mesquinhez. E não diga “Ai, Papai Deus, me de uma casinha. Só te peço uma casinha, ainda que seja pequenininha”, Quando em realidade você necessita uma casa muito grande porque a sua família é numerosa! Você receberá somente o que pede. Peça assim: “Pai, daí a mim e a toda humanidade, todas as maravilhas do teu Reino” e agora faça a sua lista.
Para ir fortificando a fé, faça uma lista de coisas que você deseja ou que necessita; enumere os objetos ou as coisas. Ao lado desta lista faça outra enumerando coisas que você deseja ver desaparecer ou em você mesmo ou no exterior. No mesmo papel escreva a fórmula que te dei anteriormente. Leia seu papel todas as noites. Você não deve sentir a menor dúvida. Agradeça novamente quantas vezes você pensar no que escreveu. A medida que as coisas enumeradas se realizem, risque-as. E ao final quando todas estejam realizadas, não seja tão mal agradecido de pensar: “Talvez, estas coisas iam acontecer de qualquer jeito”, porque é mentira. Você recebeu porque pediu corretamente. O exterior se acomodou para deixá-las passar.
Como você esta muito acostumado a sentir medo por uma variedade de razões, cada vez que você se encontre “atacado” por algum medo, repita a fórmula seguinte que irá apagando o reflexo gravado no subconsciente: “Eu não tenho medo. Não quero o medo. Deus é amor e em toda a Criação não há nada a temer. Eu tenho fé. Quero sentir fé”.
Um grande mestre dizia “O único que se deve temer é o temor”. Você deve repetir a fórmula ainda quando esteja tremendo de terror; ainda mais neste momento. Somente o desejo de não ter medo e o desejo de ter fé bastam para cancelar todos os efeitos do medo, e para nos situar no pólo positivo da fé.
Suponho que você já conhece o princípio psicológico que diz, quando se apaga um costume há que substituí-lo por outro. Cada vez que se nega ou se recusa uma idéia cristalizada no subconsciente, esta se apaga um pouquinho. O pequeno vazio que se faz deve ser completado imediatamente com uma idéia contrária; senão, o vazio atrairá idéias da mesma classe, que sempre estão suspensas na atmosfera, pensadas por outros. Pouco a pouco você perceberá que os seus medos desaparecem, se é que você tem vontade de ser constante, repetindo a fórmula em todas as circunstâncias que se apresentem.
Pouco a pouco você verá que unicamente te aconteceram as coisas como você as deseja. “Por seus frutos os reconhecereis”, disse Jesus.
Este grande instrumento – “o poder do decreto”- se apresenta a nossa atenção naquela extraordinária historia da criação, que encontramos nos primeiros capítulos do Gênese na Bíblia. Sugiro que você leia este maravilhoso relato. Enquanto lê você perceberá que o Homem (isto quer dizer você e eu) não foi criado para ser a peça de jogo das circunstâncias, a vítima das condições ou uma marionete movida de um lado a outro por poderes fora do seu domínio. Ao invés disso, encontramos que o Homem ocupa o pináculo da Criação; que, longe de ser o mais insignificante do universo é, pela mesma natureza dos poderes que lhe deu seu Criador, a suprema autoridade designada por Deus para reger Terra e toda coisa criada. O Homem está dotado dos mesmos poderes do Criador porque é “feito a Sua imagem e segundo Sua semelhança”. O Homem é o instrumento por meio do qual a sabedoria, o amor, a vida e poder do Criador Espírito, se expressa em plenitude.
Deus situou o Homem em um universo que responde e é obediente (incluindo seu corpo, seus assuntos, seu ambiente) e que não tem outra alternativa do que levar a efeito os editos ou decretos de sua suprema autoridade.
O poder de decretar é absoluto no Homem; o domínio que Deus lhe deu é irrevocável; e ainda a natureza básica do Universo é boa na avaliação do Criador, pode aparecer ante ao Homem somente como ele decrete que apareça. Vemos que enquanto o Homem foi obediente ao seu Criador manteve seu poder de pensar e fazer decretos de acordo com o Espírito do Bem, que é a estrutura da Criação, viveu em um universo de bem, um “Jardim do Eden”. Mas quando o Homem “caiu” ao comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, escolheu basear seu pensamento e usar seus poderes no bem e no mal – o que como agente livre podia fazer – imediatamente encontrou suor e cardos misturados com o seu pão de cada dia. Desde a “queda” o Homem se atarefou, declarando seu mundo bom ou mal e suas experiências são de acordo com os seus decretos. Isto demonstra evidentemente como responde o Universo e quão completos e de grande alcance são o domínio e a autoridade do Homem.